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22 de maio - Dia Mundial da Biodiversidade


Publicado em: 22/05/2015 14:26 | Categoria: Geral | Autor: Thainá Laureano

 


A biodiversidade e sua interface com a medicina veterinária e a zootecnia

Por sua extensão continental e seus diversos biomas, o Brasil possui a maior biodiversidade do mundo e uma riqueza incalculável tanto na fauna quanto na flora.

Muito mais que isso, a sociobiodiversidade, representada por mais de 200 povos indígenas e por diversas comunidades – como quilombolas, caiçaras e seringueiros, para citar alguns – que reúnem um inestimável acervo de conhecimentos tradicionais sobre a conservação da biodiversidade, fazem dessa nação um exemplo único no mundo.

Mas qual é a relação e o posicionamento do médico veterinário neste contexto?

Sabemos que a necessidade de conservação da biodiversidade ultrapassa a questão meramente econômica. Mas não podemos esquecê-la vez que, se destruirmos a biodiversidade, estaremos auxiliando na extinção não só dos vegetais e animais, mas “queimando” dinheiro. Logo, o papel do médico veterinário e do zootecnista deve ocorrer com visão mais abrangente e relacionar as diversas atividades dessas profissões com a biodiversidade.

As perturbações antrópicas dos ecossistemas naturais, principalmente na fragmentação e isolamento dos maciços florestais, fazem com que não ocorra a troca genética, diminuindo assim drasticamente a diversidade.

Compete ao médico veterinário e ao zootecnista exercer seu trabalho com visão vanguardista e sistêmica, não sendo mais aceitável a mera produção aliada à destruição dos ecossistemas que circundam o produto que irá para o mercado. Corre-se assim o risco de perder a estrutura de preservação e consequentemente o prejuízo do agronegócio em que este profissional está inserido.

É necessária a manutenção do meio ambiente com qualidade para manter a medicina veterinária e a zootecnia vivas vez que, qualquer ação ou atividade dessas profissões que não tenham em seu escopo a preservação da biodiversidade, estão fadadas ao fracasso.

Os profissionais médicos veterinários e zootecnistas são elementos-chave nessa teia de relação de biodiversidade, socioambientalismo, economia e desenvolvimento.

Portanto é necessária uma visão abrangente do problema ambiental, pois basicamente existem dois lados nessa intricada relação: os que fazem parte do problema ambiental e os que fazem parte da solução ambiental.

Depende de cada um saber em qual lado quer ficar.

Mauricio de Jesus Tozetti
Médico veterinário, advogado e mestre em educação
Presidente da Comissão de Meio Ambiente do CRMV-PR



Referências bibliográficas
LEFF, E. Educação ambiental e desenvolvimento sustentável. Cuidad del México: Formación ambiental, vol. 9-10, 1997. p. 18-23

PELIZZOLI, M. L. Correntes da Ética Ambiental. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

SANTILLI, J. Socioambientalismo e novos direitos. São Paulo: Peirópoles, 2005.

SANTOS, R. Ética ambiental e funções do direito ambiental. Revista de Direito Ambiental, São Paulo: Ano 5, n 18, abr.- jun. 2000. p. 241-250.

VIANA, V.M. Biologia e manejo de fragmentos florestais. In: CONGRESSO FLORESTAL BRASILEIRO, 6, Campos do Jordão, 1990. Anais. Curitiba: SociedadeBrasileira de Silvicultura/Sociedade de Engenheiros Florestais, 1990. p. 113-118.

Sites consultados
http://www.mma.gov.br/biodiversidade/biodiversidade-brasileira, acessado em 22/05/2015 às 11h30.

http://www.avesmarinhas.com.br/8 Conservação da biodiversidade em fragmentos.PDF acessado em 22/05/2015 às 11h17.


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