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Plantas tóxicas para o gado é tema de estudo na UNESP
Entre as espécies mais comuns da região, Mingatto cita a erva-de-rato ou cafezinho (Palicourea marcgravii), samambaias (Pteridium aquilinum) em geral; coerana ou dama-da-noite (Cestrum laevigatum); berneira (Senecio brasiliensis); chumbinho ou cambará (Lantana camara); mamona (Ricinus comunis); fedegoso (Senna occidentalis) e timburi (Enterolobium contortisiliquum) - que produz um fruto tóxico que paralisa a digestão, causando a morte do animal.
Segundo o professor, são muitas as plantas tóxicas presentes em pastagens e cada região do Brasil tem suas particularidades. 'Nosso levantamento refere-se apenas à Nova Alta Paulista, mas acredito que em todo o Estado de São Paulo não deve variar muito', afirma, e acrescenta que essas espécies nascem com maior freqüência em pastagens degradas. 'Dificilmente aparecem plantas daninhas em pastagens de boa qualidade', afirma Mingatto. 'Daí a importância de renovação da pastagem, com adubação, se necessário.'
Como é difícil o tratamento por intoxicação por plantas, a primeira recomendação do pesquisador é não deixar o animal com fome. 'É importante ter uma boa pastagem, além de fazer suplementação do gado na época seca.' No caso de uma área infestada com algumas dessas espécies, Migatto diz que se deve evitar o acesso do animal. Além do isolamento da área, pode-se fazer a eliminação mecânica ou química, aconselha. 'Deve-se, porém, ter o cuidado de aplicar o produto apenas na planta, para não afetar a pastagem.'
Sintomas
Os sintomas de intoxicação do gado variam de planta para planta, dependendo do princípio ativo. 'Há casos até de mortes súbitas, logo após a ingestão', diz o professor. Entre as relacionadas, ele cita a erva-de-rato ou cafezinho como a que tem o maior poder de toxicidade. ' Ao contrário de outras, que levam algum tempo para manifestar os efeitos do envenenamento, a ação da erva-de-rato é mais rápida.'
Fonte: Estado de São Paulo