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Da granja à exportação, médico veterinário é fundamental para a avicultura
O Paraná continua à frente na produção e na exportação de frango no Brasil, sendo responsável pelo abate de 4,6 milhões de aves por dia. O diagnóstico é resultado da terceira edição da Expedição Avicultura, realizada pela Gazeta do Povo, que percorreu os três estados do Sul para fazer o levantamento da cadeia produtiva do frango.
De acordo com o relatório apresentado na última quinta-feira (28) em Curitiba, no ano de 2015 o Paraná cresceu 7,3% em abate e 15,6% em exportação. “Isso nos mostra o que a avicultura representa economicamente para o Paraná, o Brasil e o mundo. Temos um produto que é bem-visto pelos olhos dos importadores por atender a todas as exigências sanitárias”, destaca o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Ícaro Fiechter.
Grande parte desta segurança que os importadores têm no produto adquirido é em função do trabalho realizado pelos médicos veterinários. Presentes em todas as etapas da cadeia produtiva, eles devem garantir um alimento seguro para o consumo humano. “Esse acompanhamento desde a matriz até a exportação quem faz é o médico veterinário. Ele é responsável pelo bem-estar do animal, pelo desenvolvimento saudável e pela orientação dada ao avicultor”, explica Fiechter. Ao todo, o Estado conta com 36 frigoríficos, todos amparados pelo serviço de um médico veterinário que atua como responsável técnico.
Os números levantados durante a expedição mostram ainda que aproximadamente 65% dos frangos abatidos no país foram destinados ao consumo interno e 35% ao mercado externo. O Paraná lidera os números de exportação, embarcando 1,48 milhão de toneladas de carne de frango para 152 países. “O trabalho conjunto de médicos veterinários, empresas e avicultores resulta na grande procura dos nossos produtos para compra no mercado externo”, garante Fiechter.
Para 2016 a previsão é um pouco mais moderada, mas ainda positiva. “Acreditamos que a avicultura vai crescer a taxas mais adequadas em 2016, com aumento de 5% na produção e manutenção dos 15% em exportação no Paraná. Pode ser que, em razão da economia, diminua o consumo interno, então vamos ter de buscar mais o mercado internacional”, avalia Giovani Ferreira, coordenador da Expedição Avicultura.
Foto: Pedro Serapio/Gazeta do Povo