Geral
Os perigos da Leishmaniose
Segundo dados da Agência FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) a Leishmaniose Visceral atinge mais de 3 mil pessoas no Brasil (com índice de mortalidade de 10%) e 500 mil em todo o mundo por ano. Na América Latina, a doença já foi detectada em 12 países, sendo 90% dos casos em 19 estados brasileiros.
Em 2000, foram registrados 3779 casos no homem e estima-se que, para cada caso humano, há uma média de 200 cães infectados. Isto mostra que enfrentamos um surto de leishmaniose. A transmissão acontece principalmente pela picada do mosquito flebotomíneo Lutzomyia longipalpis, também conhecido como mosquito “palha”, “cangalhinha” ou “birigui”, sendo o cão o principal reservatório e hospedeiro doméstico na área urbana. Ao picar o cão ou o homem o mosquito transmite o protozoário causador da doença, acometendo principalmente o fígado, medula óssea, baço e linfonodos.
No cão, o período de incubação varia de 3 meses até dois anos e no homem de
Sinais Clínicos
Em alguns casos a doença pode assumir um quadro assintomático, ou sitomatologia bastante inespecífica. Segundo a Dra. Greyce Lousana, Médica Veterinária, Mestre em Neurociências, Bióloga, especialista em Educação, Presidente da SBPPC – Sociedade Brasileira de Profissionais
Tratamento
O tratamento no ser humano é longo, podendo durar meses e é feito com medicamentos específicos. Para os cães não há um tratamento eficaz, sendo mais difícil e arriscado, pois o tratamento pode selecionar uma cepa resistente do parasita, o que dificultaria muito mais o tratamento no ser humano. Devido ao alto risco o Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde não aconselham o tratamento de cães e sim o sacrifício dos animais positivos.
Como evitar e combater
A mais eficiente arma contra a doença é o combate ao mosquito hospedeiro, com o uso adequado de inseticidas à base de piretróides nas residências e criatórios. O uso de repelentes nos animais também é recomendado. Além disso, cuidado especial com animais suspeitos que apresentem lesões de pele persistentes, que podem ser confundidas com micoses profundas ou sarna demodécica; podemos perceber a importância de fechar o diagnóstico.
Impedir o surgimento da leishmaniose visceral em cachorros e nos humanos é uma tarefa árdua, cabendo aos médicos veterinários, a conscientização contínua da população quanto a gravidade da doença e da importância de controle dos mosquitos.Qualquer anomalia deve ser imediatamente relatada ao médico veterinário para as análises e procedimentos adequados.
Fonte: Correio do Povo do Paraná