No entanto, o número ainda é pequeno se comparado ao total de animais que deveria ser vacinado, pois foi inferior a 42% das 850 mil terneiras entre três e oito meses. Por isso, o objetivo do DPA é continuar aumentando o percentual. O chefe de Fiscalização e Defesa Sanitária Animal da SAA, Fernando Groff, acredita que, neste ano, seja possível atingir a meta de 600 mil exemplares.

Mesmo assim, o resultado obtido no ano passado é considerada o melhor dos últimos dez anos no Estado. "Nossa equipe técnica está de parabéns, pois melhorou em nove vezes o alcance de vacinação de um ano para outro", afirmou o secretário da Agricultura, João Carlos Machado.

Groff explicou que o incremento obtido no processo deve-se à maior divulgação do Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose e ao envolvimento de comunidades na prevenção da doença. Em anos anteriores, o medicamento havia caído em desuso, em função da redução de casos clínicos. "Todo mundo se sentiu em uma situação confortável e deixou de aplicar a vacina", argumentou. A prevalência (número de animais que contraíram a doença) tem sido inferior a 2%. O índice, agora, está em 1,1%. Abaixo de 1%, pode-se dar início ao trabalho para retirada da vacinação e solicitação do status de região onde a brucelose foi erradicada. Mas Groff afirmou que este é um trabalho para "longuíssimo" prazo.

A vacinação contra brucelose é obrigatória no Rio Grande do Sul desde 1967. A doença pode provocar distúrbios reprodutivos como partos prematuros, retenção de placenta, endometrites e abortos.

Fonte: Correio do Povo