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Inseminação de cães tem sua técnica em evolução
A identificação da ovulação, os métodos de disposição do sêmen no trato genital da fêmea e a baixa resistência dos espermatozóides às técnicas da criopreservação são alguns dos itens que contribuíram para que a evolução da técnica não fosse tão rápida quanto em outros animais. Isabel Cunha destaca que a inseminação artificial nos cães é muito diferente de outros animais. Além de um acompanhamento mais detalhado do ciclo da fêmea, também é necessário fazer a aplicação de sêmen por pelo menos três vezes para estabelecer a prenhez.
Já nos bovinos, por exemplo, 12 horas após a identificação do cio, faz-se a inseminação, que demanda apenas uma aplicação.
A professora atua neste setor desde 1994 e destaca que é uma área muito boa para se trabalhar. Ela conta que um de seus clientes optou pela inseminação artificial depois de diversas tentativas frustradas pelos métodos naturais para conseguir uma ninhada de cães da raça bulldog. “Conseguimos 12 filhotes, foi uma grande alegria tanto para mim quanto para o cliente. Eu também já fiz inseminação de cães vira-latas e foi um sucesso”.
De acordo com a professora, a inseminação com sêmen fresco é mais fácil e não exige a aplicação de tanta tecnologia. “Já a criopreservação (sêmen congelado) é um pouco mais complicada e exige tecnologia mais avançada e, conseqüentemente, é mais cara”, explica a professora.
Não há raças mais indicadas, rentáveis ou mais utilizadas para a inseminação artificial ou a criopreservação. No entanto, de acordo com a professora, a reprodução do bulldog inglês na maioria das vezes só acontece com a inseminação artificial. “É muito difícil a cruza acontecer naturalmente, pois algumas raças têm dificuldade de cruzar”, analisa. Em Cuiabá já se pesquisa a inseminação artificial e o congelamento de sêmen.
Fonte: Folha do Estado