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Médicos veterinários se reúnem em Curitiba para discutir mormo
O Mapa realizou nesta quarta-feira (06), com o apoio da Adapar e do CRMV-PR, o I Ciclo de Atualização em Mormo para médicos veterinários da área de equinos em Curitiba. Além de debater detalhes da doença e sua relevância no contexto da saúde pública, o evento serviu para destacar a importância da aproximação entre profissionais autônomos e o serviço veterinário oficial.
“A sanidade animal é responsabilidade de todos nós, porque somos partícipes deste processo. Se ocorrer algum problema sanitário sofreremos juntos as medidas aplicadas, e se ocorrerem melhoras no serviço também evoluiremos e desfrutaremos disso juntos”, afirmou Eliel de Freitas, presidente do Conselho, que ministrou palestra sobre processos éticos.
De acordo com o fiscal federal agropecuário Edegar Kruger, o estado do Paraná conta hoje com 289 médicos veterinários cadastrados no programa de mormo e, destes, 94 são habilitados para a emissão de GTA. Por isso a importância de reunir os profissionais para debater essa doença reemergente que se alastrou pelo Brasil nos últimos 10 anos.
“Sou receoso em falar em erradicação de doença. Estamos lidando com bactérias e elas mudam assim como nós. Não são poucas as doenças reemergentes, devemos estar atentos sempre”, acredita Kruger.
Em sua palestra sobre as técnicas de diagnóstico para mormo, o fiscal de defesa agropecuária Rubens Chaguri de Oliveira destacou os exames existentes para a identificação da doença e a relação entre sensibilidade - exames que detectam todos os animais positivos, mas podem incluir também resultados falso-positivos – e especificidade – exames que apontam apenas os animais realmente positivos, mas não necessariamente detectam todos os animais positivos do grupo.
Embora a doença não seja comum em humanos, o ciclo abordou também o fator de zoonose incluindo os médicos veterinários e outros profissionais que lidam diretamente com equinos no grupo de risco. Segundo Oliveira, o mormo é de difícil diagnóstico tanto em humanos como em animais uma vez que os sintomas são comuns a outras doenças, e a taxa de fatalidade no ser humano pode ser de até 95% se a doença não for tratada corretamente.