O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) afirmou em nota técnica emitida no dia 30 de junho que os abcessos apresentados em carcaças após a vacinação contra a febre aftosa não têm relação com a qualidade do produto aplicado. Assinada pelo Secretário de Defesa Agropecuária, Luis Eduardo Pacifici Rangel, e pela diretora do Departamento de Fiscalização de Insumos Pecuários (DFIP), Janaina Gonçalves Garçone, a nota afirma que o índice de aprovação das vacinas contra a aftosa nos últimos dois anos é de 98%.

“De acordo com a regulamentação estabelecida, os fabricantes de vacinas contra a febre aftosa são obrigados a realizar, em cada partida produzida, testes de controle de qualidade para avaliar a potência, segurança, esterilidade e tolerância. Essas partidas são submetidas aos mesmos testes, no Laboratório Nacional Agropecuário do MAPA, como condição de liberação para a comercialização e uso. Todas as partidas são testadas e aquelas cujos resultados de análise não estiverem conformes são condenadas e destruídas”, diz um trecho da NT.

Ainda de acordo com o esclarecimento publicado, por conter 70% de óleo mineral por dose, a vacina é um indutor de reações no local da aplicação, sendo aceito no teste de tolerância o surgimento de nódulos. Os abcessos, no entanto, são lesões decorrentes da aplicação incorreta do produto, o que pode levar a perdas no processamento das carcaças. Desta forma, o Mapa entende que o aparecimento de tais abcessos não está relacionado à qualidade das vacinas contra a febre aftosa.

Confira abaixo a Nota Técnica na íntegra.