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Reino Unido considera superado surto de Influenza Aviária
A suspensão das restrições abrange também a localidade de Holton, onde está instalada a granja da Bernard Matthews na qual ocorreu o problema.
Tudo indica que o susto está superado. Ou seja: passado um ano da grande crise que afetou o consumo mundial das carnes avícolas, sobretudo a de frango, o consumidor demonstra maturidade e revela que está consciente da inexistência de qualquer relação entre Influenza Aviária (uma doença essencialmente avícola) e o consumo dos produtos do setor.
Em suma, pois, desta vez ninguém saiu prejudicado. Exceto a própria Bernard Matthews que, já com problemas anteriores de relacionamento com sua clientela, precisou investir sete milhões de libras (R$28 milhões) numa campanha em que tenta, a um só tempo, recuperar vendas e salvar postos de trabalho.
A retirada das zonas de restrição, entretanto, não significa que o processo esteja concluído. Pois, conforme Debby Reynolds, veterinária chefe do DEFRA - Departamento do Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais do Reino Unido, “o que está chegando ao fim é o trabalho ativo de controle do vírus na área afetada”.
Assim, segundo Reynolds, ainda há muito por fazer, daí continuarem as investigações na tentativa de descobrir a fonte de introdução do vírus na avicultura comercial britânica (por ora, todos os indícios apontam como fator responsável o trânsito – de produtos, pessoas, veículos ou, mesmo, de carne de peru - entre a granja inglesa e outra granja de perus da empresa na Hungria, país que também registrou caso de H5N1).
A chefe do DEFRA ainda observa que é preciso tirar desse episódio o máximo possível de lições “que ajudem a prevenir ou a administrar situações similares que venham a ocorrer no futuro”. E insiste em que todo o setor avícola britânico mantenha, rigorosamente, todas as práticas possíveis de biosseguridade, mantendo-se atento a qualquer possível sinal da doença.
Fonte: AviSite