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CRMV-PR convida para evento sobre zoonoses fúngicas em Londrina
O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná convida os médicos veterinários de Londrina e região para o evento “Saúde Única: Zoonoses Fúngicas Negligenciadas”, que será realizado a partir das 8h do dia 1º de dezembro, no Recinto Milton Alcover, na Sociedade Rural do Paraná.
O objetivo é auxiliar os profissionais no diagnóstico de casos de esporotricose e paracocciodioidomicose, zoonoses fúngicas que são negligenciadas tanto na área médica quanto na médico-veterinária.
A inscrição é gratuita e deve ser efetuada no link https://goo.gl/J39MdA.
Esporotricose
A esporotricose é uma micose cutânea ou subcutânea que afeta também os vasos linfáticos próximos ao local da lesão, de evolução subaguda ou crônica, causada pelo fungo dimórfico do Complexo Sporothrix, espécies schenckii e brasiliensis. A doença tem sido associada a arranhaduras ou mordeduras de ratos, cães e gatos, mas são estes últimos os animais mais suscetíveis.
Desde 1998, a cidade do Rio de Janeiro convive com uma epidemia de esporotricose em gatos e seres humanos, onde a espécie S. brasiliensis tem sido predominantemente isolada. Cerca de 3.800 gatos, 120 cães e 4.000 casos humanos foram diagnosticados.
O número de casos da doença em Curitiba vem aumentando desde 2014, tanto em animais quanto em seres humanos. O fato levou a Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) da capital a exigir notificação de casos atendidos em clínicas veterinárias da cidade, como forma de aumentar o controle sobre as ocorrências. Ao mesmo tempo, profissionais da PUCPR e do Hospital de Clínicas da UFPR, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), estabeleceram um grupo de estudos e de tratamento animal e humano para evitar que a doença – tratada hoje como uma epizootia (ocasional) – evolua para uma epidemia.
Paracoccidioidomicose
A paracoccidioidomicose é uma micose sistêmica causada pelo fungo dimórfico Paracoccidioides brasiliensis. A doença é restrita à América Latina. É a principal micose sistêmica no Brasil, com maior frequência nas regiões sul, sudeste e centro-oeste. A doença é adquirida através da inalação de propágulos do fungo.
Os cães, aparentemente, também possuem um papel na ecoepidemiologia do P. brasiliensis, considerando os altos índices de infecção observados em cães de áreas endêmicas de PCM e o recente relato de PCM-doença nesta espécie. A importância de outros animais domésticos ou silvestres ainda necessita de comprovação.
Dado o grande número de espécies animais que estão em risco de infecção por P. brasiliensis em áreas endêmicas é provável que num futuro próximo a PCM seja descrita em outras espécies de animais.
Saúde Única: Zoonoses Fúngicas Negligenciadas
Data: 01/12/2017
Horário: das 8h às 18h20
Local: Recinto Horácio Sabino Coimbra - Sociedade Rural do Paraná - Parque de Exposições
Endereço: Avenida Tiradentes, 6275 – Londrina/PR
Inscrições: https://goo.gl/J39MdA
Programação:
- 8h - Abertura
- 8h30 às 9h20 - Esporotricose: Conceitos gerais e a doença em humanos
- 9h20 às 10h10 - Esporotricose felina e canina na região metropolitana do Rio de Janeiro
- 10h10 às 10h40 - Coffee Break
- 10h40 às 11h30 - Epidemiologia da esporotricose no Paraná
- 11h30 às 12h - Mesa Redonda
- 12h às 14h - Intervalo para almoço
- 14h às 14h50 - Paracoccidioidomicose humana: padrões e novidades
- 14h50 às 16h40 - Infecção por Paracoccidioides brasiliensis em animais domésticos e silvestres
- 16h40 às 17h - Coffee Break
- 17h às 17h50 - Epidemiologia da Paracoccidioidomicose no Paraná
- 17h50 às 18h20 - Mesa Redonda