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Indústria e criadores do Paraná mudam estratégia
Nos últimos anos, o foco do Paraná era o aumento do volume embarcado, o que permitiu que o setor tivesse taxas de crescimento de 30% ao ano nos últimos anos. O que está acontecendo neste início de ano é um exemplo claro da nova tendência. Segundo Fiechter, "nos primeiros quatro meses do ano, o Paraná exportou, US$ 275,18 milhões o que é um valor 16% maior dos que o obtido nos quatro primeiros meses de 2005. Em quilos, o crescimento foi de apenas 2%", explica.
Assim, a tendência de inundar o mercado mundial com a superoferta de carne de aves brasileira agora foi revertida para uma estratégia cautelosa "onde vamos buscar preço e um mercado mais estável", diz.
Ele acha que o País vai levar algum tempo para alcançar novamente o alojamento de 420 milhões de cabeças atingido em 2005. "Para maio nós já estimamos um pequeno crescimento, das atuais 340 milhões para 370 milhões de cabeças, mas a intenção do setor é ir bem mais devagar. Ou seja, vender melhor e oferecer cortes mais industrializados", disse.
Segundo Fiechter, o Paraná sai em vantagem em relação aos demais estados porque sua estrutura de produção conta com 30 grandes abatedouros, dos quais 22 estão certificados para exportar e 11 deles habilitados para a União Européia. "O mundo todo e a Europa principalmente está quase sem estoques e o temor da gripe aviária está se dissipando. É a oportunidade para alcançar melhores preços. Por enquanto, o dólar baixo não influi muito porque os insumos também são dolarizados e os custos de produção caíram", informa.
Fonte: Gazeta Mercantil