O presidente da Comissão Estadual de Educação da Medicina Veterinária, Eros Luiz de Sousa, participou nesta quinta-feira (10), em Brasília, da reunião dos Conselhos Profissionais da Área da Saúde para debater sobre a Educação a Distância (EAD).

Liderado pelo Conselho Federal de Farmácia, o encontro reuniu entidades de profissões ligadas à área da saúde interessadas em discutir e alinhar estratégias de mobilização para enfrentar este cenário de aumento do número de vagas autorizadas para a modalidade a distância.

De acordo com levantamento do Conselho Regional de Farmácia do Tocantins, atualmente no Brasil estão autorizadas mais de 600 mil vagas para EAD. Os cursos mais afetados são os de Serviço Social (80 mil), Educação Física (68 mil) e Enfermagem (59 mil).

Para Eros, “não se trata de uma questão filosófica de acessibilidade ao ensino superior e sim de segurança nacional, da segurança na saúde pública, na saúde animal, enfim, na saúde única”.

Ele lembra que a medicina veterinária passou por situação semelhante recentemente, com a abertura de um curso EAD em Santa Catarina. Embora o curso tenha sido cancelado após mobilização da categoria, as vagas continuam autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC).

“Não é porque nossa profissão não está sendo afetada que não devemos interpretar a situação das outras profissões. Isso será um reflexo direto a todos. O foco é a defesa da sociedade”, destaca.

Na próxima semana, dia 15, haverá uma audiência pública em Brasília para discussão do Projeto de Lei 5414/16, que sugere a proibição da modalidade de ensino superior a distância para graduações na área da saúde.