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Ásia e OMS farão teste para caso de pandemia de gripe aviária
Participarão dos exercícios a secretaria dos dez membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), os governos do Japão e do Camboja, e a Agência de Cooperação Internacional do Japão. Os exercícios serão realizados no escritório da OMS em Manila.
"Será a primeira vez que planos para responder rapidamente a sinais de uma pandemia e extingui-la serão testados", disse a OMS em um comunicado. Segundo o porta-voz da OMS Peter Cordingley, nenhum material será movido durante a simulação, que irá trabalhar com a imaginação de remédios e outros materiais sendo carregados em um avião da Cingapura para Phnom Penh. "Basicamente, iremos testar a comunicação. Quando dissermos à alfândega que os materiais estão chegando, ela já estará pronta para recebê-los. Diremos então quais são os procedimentos para colocá-los em caminhões e depois distribuí-los."
Medidas
Uma contenção rápida da gripe aviária, no caso dela evoluir para uma forma facilmente transmissível entre humanos, irá exigir medidas extraordinárias em um tempo curto, incluindo o envio de drogas antivirais e equipamentos para as áreas afetadas, e passos como isolamento, quarentena e fechamento de escolas e locais de trabalho. O teste será o primeiro de uma séria na região Ásia-Pacífico.
Enquanto isso, a Indonésia insistiu hoje que só irá voltar a compartilhar suas amostras de vírus de gripe aviária com a OMS se o órgão parar de oferecê-las a produtores comerciais de vacinas. O país, o pior atingido pela gripe aviária, onde 66 pessoas já morreram vítimas da doença, está se recusando a enviar amostras do vírus H5N1 à OMS, que as torna disponíveis para empresas produtoras de vacinas.
A Indonésia afirma que não tem condições de arcar com os custos de vacinas produzidas comercialmente utilizando suas variedades sob o sistema atual. "A OMS deve mudar esse mecanismo que tem sido adotado há 40, 50 anos e que é injusto com países em desenvolvimento", afirmou a ministra da Saúde da Indonésia, Siti Fadiliah Supari, em uma entrevista ao rádio. "Essas práticas mantêm os países em desenvolvimento pobres e doentes. O sistema é mais perigoso do que a gripe aviária em si."
Fonte: Agência Estado