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PR vai usar sistema de satélite para cadastrar aves


Publicado em: 30/03/2007 08:04 | Categoria: Geral

 



O Paraná é o primeiro produtor de aves de corte, com uma produção de 1,03 bilhão de cabeças no ano passado, que correspondeu a 30,9% da produção nacional. Essa liderança foi responsável pelo ingresso de R$ 3,2 bilhões em divisas no País.

A importância econômica determina esta modernização do setor avícola, evitando os reflexos nefastos em todo o segmento agropecuário caso haja suspeita de doença infecto-contagiosa no plantel.

O Departamento de Fiscalização Sanitária (Defis), encarregado de fazer o georreferenciamento do setor, já cadastrou cerca de 1.500 dos 2.000 estabelecimentos avícolas não-industriais existentes no Estado. A iniciativa privada se responsabilizou pelo georreferenciamento das unidades industriais, estimadas em aproximadamente 8,5 mil estabelecimentos.

O georreferenciamento foi aplicado a todos os estabelecimentos avícolas acima de 100 aves, com objetivos comerciais como a criação de aves de corte e postura, aves ornamentais, aves exóticas, de criação colonial inclusive não-industriais (galinha caipira).

O cadastro é a primeira medida para implantação da regionalização do sistema avícola no País, explicou o médico veterinário Odilon Douat Baptista Filho, chefe da área de Sanidade Avícola na Secretaria. Segundo ele, a premissa básica para a regionalização é o conhecimento completo de todo o plantel e dos estabelecimentos avícolas existentes no Estado. “Temos que conhecer o máximo do setor para adotarmos soluções estratégicas”, justificou.

Esse conhecimento implica em decodificar toda a estratificação da avicultura paranaense, como as formas de produção e de distribuição das aves e ovos, além da viabilização do cadastro on-line do número de propriedades, número de produtores, plantel, localização e outras informações onde possa estar ocorrendo qualquer tipo de enfermidade na área agrícola.

De acordo com o técnico, são informações que permitem a adoção de procedimentos emergenciais como requer o combate às doenças infecto-contagiosas. “Numa emergência sanitária precisamos saber a origem, destino e via de deslocamento das aves, em função dos procedimentos diferenciados que devem ser adotados”, acrescentou.

O uso do GPS no cadastramento das propriedades avícolas foi o primeiro passo na modernização do segmento. Em seguida, foi criado o Grupo Especial de Atendimento Sanitário Emergencial (Gease-Aves), que vai possibilitar a contenção imediata da suspeita da doença, possibilitando a minimização dos prejuízos econômicos e sociais, limitando o comércio nacional e internacional, somente ao Estado onde há a suspeita da doença.

Também serão envolvidos os laboratórios das universidades estaduais que contam com o curso de Medicina Veterinária para formar e ampliar a rede de competência em diagnósticos na área de produção de aves. No Paraná, somente o laboratório da Universidade Estadual de Londrina (UEL) está credenciado oficialmente pelo Ministério da Agricultura para diagnóstico de Newcastle, sendo que para a Influenza Aviária a referência nacional é o Lanagro, do Ministério da Agricultura, em Campinas (SP). 

Fonte: Governo do PR

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