Geral
Leishmaniose reduziu a população canina na cidade
“A doença foi detectada no Estado em 1999, mas ninguém sabe (desde quando os cães passaram a ser infectados pelo mosquito palha)”, comenta. De acordo com ele, o impacto é mais fácil de ser avaliado a longo prazo.
Em contrapartida, a reposição de animais na cidade é grande porque o município ainda não dispõe de um programa de castração. Somando prós e contras, Salvador acredita que a tendência a curto prazo é que a população canina em Bauru seja mantida. Já num futuro mais distante deve diminuir, desde que os programas que impeçam a reprodução sejam realmente adotados.
“É uma irresponsabilidade deixar o animal procriar sem saber o destino (das crias)”, comenta a empresária Vera Lúcia Kirchner Juliano. Ela cuidou para que seu casal de daschund não enfrentasse o problema.
Vera foi surpreendida ao apaixonar-se por Tip, o cãozinho que o marido, Dorival Juliano, deu ao filho. Já Anita caiu nas graças do pai da família. “Eu acho que todo mundo deveria tentar ter um animal”, comenta a empresária. Neste caso, a proporção entre população e cães também seria maior do que é hoje.
Até 2003, por exemplo, o Instituto Pasteur calculava um cachorro para cada 10 habitantes em Bauru, segundo Salvador. Depois, seu censo passou a utilizar a proporção de um para sete. Já a relação entre homens e gatos é de um para quatro. “Mas a população de cães sempre é maior (que a de felinos)”, conclui o encarregado do CCZ.
A doença
A leishmaniose é transmitida a cães e humanos pela picada do mosquito palha infectado. O mosquito se reproduz em locais com lixo orgânico
Os cães, hospedeiros da leishmaniose, também devem ser mantidos nos quintais para evitar serem contaminados. Neles, os sintomas são emagracimento, fraqueza, queda de pêlos, vômitos, febre regular, crescimento das unhas, ferida no focinho, orelhas e patas.
Já nos humanos a doença se manifesta por meio de febre prolongada, tosse seca, emagrecimento, crescimento do fígado e do baço, fraqueza e diarréia, sangramento na boca e intestino, nos casos mais graves.
Fonte: Jornal da Cidade