O painel de internacionalização - composto pelo médico veterinário Rodrigo Paolozzi, professor e coordenador de curso da Unicesumar de Maringá, Ana Paula Loureiro, professora da Universidade Estadual de Londrina (UEL), e a estudante Dayane Santos, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – apresentou os benefícios da mobilidade acadêmica e os seus desafios, em Seminário Estadual de Ensino, em Curitiba.

A professora Ana Paula defende que promover a internacionalização da Universidade deve ser uma missão das instituições de ensino. “A internacionalização tem por objetivo promover a integração internacional, a melhoria do ensino, trazendo uma contribuição significativa à sociedade”, argumenta.

Para ela, a internacionalização não se resume apenas à troca de estudantes entre os países, mas “formar cidadãos preocupados com os problemas mundiais”. Há também os desafios para que a mobilidade acadêmica seja possível: preparar os bolsistas, começando pela proficiência em língua estrangeira; a validação dos créditos, e aproveitar para relacionar os artigos desenvolvidos durante a dupla diplomação com o trabalho final de curso.

“Tudo é possível”

A acadêmica de medicina veterinária Dayane dos Santos Peixoto aproveitou a oportunidade para relatar a própria experiência com a internacionalização. Para concretizar o sonho de cursar Medicina Veterinária, Peixoto teve que enfrentar diversos obstáculos, o principal foi ter dinheiro para bancar os estudos, já que precisava auxiliar na renda familiar desde muito cedo.

Em um primeiro momento, ela deixou o sonho de lado para trabalhar em uma empresa de telefonia. Após conhecer o médico veterinário Eros Luiz de Sousa, sentiu-se motivada a retomar os estudos; depois de frustradas tentativas, em 2014 conquistou a almejada vaga na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

Durante o curso, foi aprovada no Programa Brafagri (Brasil França Agricultura), que tem por objetivo fomentar o intercâmbio intelectual e cultural entre brasileiros e franceses. Dessa experiência, resultou no domínio da língua francesa, o primeiro trabalho internacional, o 5º lugar no concurso de relatos de casos, na oportunidade de ministrar a primeira palestra, além das amizades com diferentes pessoas, de diferentes nacionalidades. Para Dayane Santos Peixoto, o intercâmbio cultural possibilitou a “quebra de preconceitos”. Emocionada, agradeceu “a Deus e ao Dr. Eros, pela oportunidade e incentivo. A humildade é o que torna as pessoas mais bonitas”.