Educação
Painel “Escola sob mudanças” propõe novo plano pedagógico para a veterinária
Diante das exigências do mercado de trabalho, as Universidades passaram a reformular a matriz curricular do curso de medicina veterinária. A reformulação pedagógica do ensino foi tema de discussão do painel “Escolas sob mudanças”, no Seminário Estadual de Ensino, em Curitiba.
Os médicos veterinários Ricardo Vilani, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Claudia Pimpão, professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), e Raimundo Alberto Tostes, professor da UFPR, apresentaram as novas metodologias ativas inseridas no curso.
Durante o painel, a professora Pimpão indaga: “o que se quer do profissional do futuro? ”. Ao estruturar a matriz curricular, segundo ela, muda a forma como o docente vai preparar as aulas e as formas de avaliação. O professor Tostes complementa o raciocínio: “não basta apresentar novas metodologias, se não há disposição do indivíduo de querer aprender”.
Tostes diz que a convergência digital e a educação precisam dialogar. “Os alunos estão imersos numa visão muito digital, por isso a necessidade de aliar educação e tecnologia, o que demanda tempo de preparação do professor”. E faz uma crítica contundente ao ensino superior que não está disposto a mudanças. “A escola está em constante transformação, e o ensino superior é refratário, resistente a mudanças, vindo da arrogância intelectual”, finaliza.
Segundo Vilani, o resultado esperado é um médico veterinário “generalista”. Para isso, o corpo docente de medicina veterinária da UFPR dividiu o curso em eixos que dessem maior peso à vivência profissional, além das aulas práticas.