Educação
Docentes têm o grande desafio de lidar com a saúde mental dos acadêmicos
Os docentes têm lidado com um grande desafio nos últimos anos: a saúde mental dos acadêmicos. Sinais de depressão, ansiedade e outros desvios comportamentais podem apontar problemas mais sérios e levar a ações extremas, é o que aponta o psicólogo Cloves Antonio de Amissis Amorim, professor da PUCPR.
Amorim foi convidado pela Comissão Estadual de Educação da Medicina Veterinária (CEEMV) do CRMV-PR para conversar com coordenadores e docentes sobre a importância de estarem atentos aos indícios de que seus alunos passam por problemas que afetam sua saúde mental.
De acordo com o professor, a tecnologia e o estilo de vida pós-moderno levaram a sociedade a viver um vazio existencial, que é ainda mais evidenciado nos jovens. “Hoje tudo muda muito rápido, não há consistência e nem mesmo as amizades são reais”, afirmou.
“É uma crise frequente na juventude. Isso leva ao tédio e à sensação de que a vida não tem sentido, o que pode se manifestar no uso de drogas, em agressão e até mesmo no suicídio”, alerta. Nos mais jovens a sensação de não pertencer a lugar algum ou de não se identificar como pessoa faz com que procurem a automutilação como “forma de sentir algo, mesmo que seja dor”.
Em sua palestra Amorim também apresentou os principais sinais de depressão e dos transtornos de ansiedade para auxiliar na identificação do problema, e exemplificou como algumas atitudes podem afetar os alunos. “Às vezes a apresentação de um seminário ou a exigência de expor opiniões aos demais podem contribuir para um quadro de ansiedade”, relata. Por isso, destaca o psicólogo, é preciso o docente tenha consciência de como suas ações podem influenciar em sala de aula.