Saúde Única
CRMV-PR alerta: vacina para coronavírus canino pode causar risco à saúde humana
Diante do relato de médicos veterinários de que clientes estão querendo adquirir a vacina contra o coronavírus canino para se protegerem do Covid-19, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná esclarece que são doenças distintas e, portanto, a vacina NÃO protege humanos nem animais contra o novo coronavírus.
Os médicos veterinários, por sua formação voltada à Saúde Única – a saúde dos animais, a saúde humana e a saúde do meio ambiente -, estão capacitados para orientar corretamente sobre as possíveis complicações em que o uso inadequado da vacina pode acarretar.
Contudo, a venda da vacina em estabelecimentos comerciais sem a devida orientação profissional e a disseminação de falsas notícias sobre a aplicação em humanos preocupa o CRMV-PR. Pessoas leigas podem adquirir a vacina de locais sem assistência/orientação veterinária e quererem se vacinar por conta própria.
Riscos da aplicação da vacina em humanos
A vacina contra coronavírus canino é exclusiva para essa espécie e não traz nenhuma proteção contra o Covid-19. Além disso, se aplicada em humanos, pode representar riscos a sua saúde, como inflamações locais, abscessos, febre, reações anafiláticas e outras complicações. Caso identifique estabelecimentos vendendo a vacina para aplicação em humanos, informe as autoridades policiais, pois a situação pode se enquadrar como crime.
Para a segurança humana e dos animais, as vacinas em animais só devem ser administradas por médico veterinário e não devem ser aplicadas em estabelecimentos comerciais. Antes de vacinar seu animal, verifique se o estabelecimento está registrado no CRMV-PR como consultório, clínica ou hospital veterinário.
Covid-19 em animais
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que, até o momento, não há evidência de que animais de estimação possam ficar doentes ou transmitir o novo coronavírus (Covid-19). Mesmo assim, a recomendação é de que pessoas infectadas evitem o contato com seus cães e gatos e também façam quarentena de convivência com eles. A população deve estar atenta às fakes news e seguir as recomendações dos órgãos oficiais e dos profissionais de saúde.