Geral
Animais também ganham abrigo para o frio
A onda de frio que chega nesse final de terça-feira demandou grande mobilização do poder público em todas as suas esferas. A Defesa Civil Estadual atuou na articulação entre entidades e no apoio para a estruturação de uma resposta adequada para proteger a população vulnerável.
Mas não são apenas as pessoas que estão recebendo esse cuidado. Os animais também estão recebendo atenção nesse período, como acontece em Cascavel, em que abrigos também contemplam uma área para os animais.
Os animais também são suscetíveis aos efeitos das baixas temperaturas. Elas podem afetar as condições de bem-estar e desencadear quadros graves como a hipotermia (baixa temperatura corporal), e o surgimento de doenças e infecções, principalmente as respiratórias, que podem inclusive levar à morte.
De forma geral, todas as espécies devem ser mantidas abrigadas. Deve-se proporcionar acesso a um local coberto, seco, que proteja o animal do vento e do frio. Deve-se ter mais atenção com os animais idosos, doentes, filhotes e fêmeas em gestação. Deve-se assegurar ainda, que os animais tenham acesso a água e a quantidade necessária de alimento neste período.
Veja a seguir as orientações específicas para a proteção dos animais:
Animais de companhia:
Providenciar local abrigado, disponibilizando, sempre que possível, aquecimento com roupas e cobertores, especialmente para os animais mantidos em ambientes externos. Nestes casos os animais não devem ser mantidos presos de forma que não possam buscar abrigo para se aquecerem. Animais mantidos em aquários e terrários devem ter fonte adicional de calor verificadas e gaiolas devem ser abrigadas e cobertas com lona.
Animais de produção:
Oportunizar o acesso a abrigos onde os animais possam se proteger. Animais doentes, em gestação e filhotes devem ser mantidos em recintos fechados. No caso de aves e suínos criados em sistema intensivo em barracões, deve-se verificar os equipamentos para a manutenção das temperaturas adequadas. Viveiros e gaiolas devem ser protegidos por lonas ou outros materiais e mantidos em local abrigado.
Pisciculturas:
Para que os animais permaneçam em boas condições, deve-se aproveitar a temperatura mais quente para incrementar a alimentação dos peixes, pois com as baixas temperaturas esses animais diminuem ou suspendem sua alimentação. Produtores que têm tanques e/ou viveiros devem evitar o fenômeno da inversão térmica, ocasionada quando a temperatura da água do fundo, mais fria, se iguala a da superfície e propicia a “subida” de nutrientes e consequente intoxicação dos animais. Recomenda-se que os aeradores sejam acionados anteriormente às baixas temperaturas para minimizar essa situação.
Animais silvestres:
Os mantidos em zoológicos e criadores devem ser protegidos em recintos internos, em áreas abrigadas, com a cobertura de recintos com lona ou outro material adequado, e disponibilização de cobertores e fonte de aquecimento quando necessário.
Além disso, lembre-se que alguns animais podem procurar abrigo nos carros e nas casas para sobreviverem. Assim, observe os locais atentamente. Olhe embaixo dos carros, buzine e faça algum barulho antes de ligar o motor para evitar acidentes.
Informações: Sedest - Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo/ Comissão Estadual de Gestão de Riscos de Animais em Desastres do CRMV-PR/ Piscicultura: Zootecnista Prof. Ricardo Ribeiro - Universidade Estadual de Maringá.