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Felipe Wouk é o 1º paranaense a receber o prêmio Professor Paulo Dacorso Filho
Instituído em 1977 para homenagear médicos-veterinários que tenham prestado serviços relevantes à ciência veterinária e ao desenvolvimento agropecuário do país, o Prêmio Professor Paulo Dacorso Filho, outorgado pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), ganhou um nome paranaense para lhe representar: Antônio Felipe Paulino de Figueiredo Wouk.
“É uma honra única. Sem ser piegas, recebo esse prêmio em nome de todos os colegas paranaenses, pacientes, clientes, alunos e todos aqueles que fizeram parte da minha trajetória profissional”, relata.
Graduado pela Universidade Federal do Paraná há 44 anos, Wouk traz no currículo – e em especial na carreira – uma série de feitos importantíssimos para a categoria. Na área clínica, na qual segue atuando, tem seu nome na história dos Colégios Brasileiro e Latino-americano de Oftalmologia Veterinária, dos quais foi membro fundador. Tornou-se, ainda, membro da Academia Paranaense de Medicina Veterinária (Acapameve).
Por esses fatores já seria merecedor desta e outras homenagens que recebeu ao longo dos anos, mas é na sua dedicação ao ensino da medicina veterinária que se sobressai: soma 34 anos como docente da UFPR e outros 12 na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Ainda hoje participa eventualmente de cursos de pós-graduação lato sensu. Não à toa foi reconhecido pelo CRMV-PR em 2019 como Destaque Educação da 1ª edição do Prêmio Clotilde de Lourdes Branco Germiniani de Saúde Única.
“A despeito de ter me aposentado, sigo preocupado sobretudo com os caminhos que nossa profissão está tomando. O Sistema CFMV/CRMVs tem protagonizando o surgimento de legislações que regulam o ensino da medicina veterinária porque entende que investir nas ações pela excelência da educação é um objetivo maior”, destaca. Ele mesmo segue contribuindo como membro ‘ad hoc’ da Comissão Estadual de Educação da Medicina Veterinária do CRMV-PR. Recentemente em seu artigo “A demografia médico-veterinária necessita ser controlada” enfatizou a necessidade de realização de um censo sobre a medicina veterinária no Brasil para embasar mudanças que venham a contribuir com a melhoria da formação de médicos-veterinários.
Enquanto continua trabalhando em defesa da qualidade do ensino, sua história como médico-veterinário experiente e pessoa exemplar deixam para a nova geração a mensagem de dedicação. “É um longo caminho, mas nunca duvidei da minha vocação. Deixo como referência a paixão pelo exercício ético da profissão, sempre buscando me colocar no lugar do outro. A preocupação em poder ofertar o melhor de mim e o comprometimento em todas etapas do meu trabalho foi o que pautou minha trajetória até aqui”, finaliza.