Este número representa a quantidade de rebanho imunizado na última campanha, realizada em novembro do ano passado, quando foram vacinados 99% durante a campanha. “O restante dos animais receberam a vacina durante os fiscais da Seab nas propriedades”, comenta a médica veterinária da Defesa de Sanidade Animal (DSA), Elenice Aparecida Amorim.

Na região existem mais de 9.700 propriedades rurais. A campanha segue até o dia 20 de maio e os proprietários dos animais têm até o dia 30 para fazer a comprovação. Elenice revela que nesse ano a comprovação só poderá ser realizada nas unidades da Secretaria da Agricultura. “Os proprietários não podem mais deixar nos locais onde compravam as vacinas”, salienta.

A vacinação e a comprovação são obrigatórias, estando previstas em legislação estadual. Quem não vacinar está sujeito a penalidades impostas pela Secretaria da Agricultura, entre elas, multa de R$ 78,00 por cabeça de animal não vacinado. A febre aftosa representa um dos maiores males para a pecuária. Além dos prejuízos imediatos, como perda de peso dos animais ou queda na produção leiteira, tem ainda como conseqüência a paralisação das vendas para os mercados interno e externo.

A veterinária comenta que as lojas já estão recebendo as doses da vacina, porém só poderão começar a vender a partir do próximo dia 1º de maio. “Ainda não temos nenhum levantamento sobre o preço das doses”, frisa Elenice.

Paraná - A meta é vacinar 100% do rebanho paranaense, estimado em 10,2 milhões de bovinos e bubalinos, em 214 mil propriedades. Na última campanha, realizada em novembro, a vacinação atingiu 98% do rebanho paranaense. Agora, o governo do Paraná quer bater o recorde nacional e trabalha no sentido de que todas os proprietários, de pequenas ou grandes áreas, que tenham, um, dois ou milhares de animais, se conscientizem sobre a necessidade da vacinação.

Todo o rebanho tem que ser vacinado inclusive recém-nascidos e fêmeas prenhes. A febre aftosa é uma doença altamente contagiosa, sendo transmitida pela saliva, leite, urina, fezes do animal contaminado, pelo ar, pela água e por qualquer material, até mesmo roupas, sapatos e rodas de veículos que tenham contato com o animal doente.

“Se apenas um animal for contaminado ele prejudicará todos os produtores e a forma mais eficiente de prevenção é realmente a vacinação. Por isso, conclamamos todos os produtores para que façam a sua parte, e não deixem de vacinar seus rebanhos”, afirma Marco Antonio Teixeira Pinto, responsável pela Divisão de Defesa e Sanidade Animal da Secretaria da Agricultura.

O Paraná prevê a vacinação assistida nos animais suscetíveis à contaminação pela febre aftosa, nas regiões de fronteira com outros países e Estados. A meta é intensifcar o controle da vacinação nos rebanhos nessas áreas. Também serão intensificadas as ações de educação sanitária e a realização de cinco seminários na região fronteiriça, para envolvimento e o comprometimento de toda a sociedade com a questão sanitária.

Todo o trabalho será feito em parceria com os municípios, associações de produtores, sindicatos, enfim tudo o que envolve a economia da região. Outra providência que será adotada no Paraná será a identificação individual, com brincos, de todos os animais suscetíveis à febre aftosa, na região de fronteira. A estimativa é de um plantel de 502 mil bovinos distribuídos nas propriedades dos municípios limítrofes. Também serão cadastradas, com o uso do GPS - Sistema de Posicionamento Global por Satélite, as propriedades na região.

Informações importantes sobre a Aftosa

- É uma doença contagiosa para bois, porcos, ovelhas e cabritos
- Comer carne de gado que tem aftosa não provoca doença em seres humanos
- No caso de humanos, a contaminação é difícil e só ocorre se houver contato direto e constante com animais contaminados
- Em 70 anos, apenas 40 casos foram identificados em seres humanos no mundo
- O leite cru pode transmitir a doença. Para evitar o problema basta ingerir leite pasteurizado ou fervido
- O ser humano pode ser agente transmissor da doença através de roupa, mãos e calçados contaminados

Fonte: Tribuna do Interior