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Pandemia ocasionada por Influenza pode não ser aviária
“Nós não conseguimos determinar com precisão se e quando um determinado vírus se tornará pandêmico”, afirma o Dr. Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Doenças Alérgicas e Infecciosas dos EUA. Conforme o Dr. Fauci, sabe-se muito pouco sobre a capacidade de mutação dos vírus e, por isso, a concentração de todas as atenções sobre um único suspeito – ainda que seja o suspeitíssimo H5N1 – pode estar sendo equivocada.
“Não podemos esquecer o fato de que, historicamente, tem ocorrido uma evolução nas pandemias. Por isso, precisamos ampliar nossa base de conhecimento e expandir nossa capacidade de produzir vacinas”, afirma o médico em um artigo para o Journal da Associação Médica Americana. Segundo ele, as estratégias de prevenção de uma pandemia precisam se basear na capacidade “de esperar o inesperado e ser capaz de reagir convenientemente”.
E, dentro desse espírito, recomenda que os laboratórios farmacêuticos incrementem suas pesquisas na fabricação de vacinas, desenvolvam novas classes de medicamentos e tornem mais eficientes os testes para o diagnóstico da Influenza.
Desenvolvendo novas vacinas ou estocando as poucas drogas disponíveis, empresas de saúde humana e animal e governos de todo o mundo trabalham febrilmente para criar condições que lhes permitam enfrentar uma pandemia. Mas o foco exclusivo em apenas um vírus suspeito pode tornar o mundo vulnerável na eventualidade de um outro vírus ser o responsável por uma pandemia de gripe. Se isso ocorresse, a humanidade seria pega “de calças na mão”, como se diz popularmente.
“A capacidade desse tipo de vírus de se disseminar das aves para o homem passa por um processo muito complexo, que envolve múltiplas evoluções genéticas. Assim, é muito difícil predizer se o responsável pela próxima pandemia será um vírus aviário”, ressalta o Dr. Anthony Fauci.
Fonte: AviSite