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Conselho Monetário Nacional aprova medidas para conter queda no preço da carne s
Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, que se empenhou pessoalmente no atendimento dessas reivindicações junto aos ministérios da Agricultura e Fazenda, as medidas adotadas pelo CMN atendem às reivindicações dos produtores e apontam para uma boa expectativa de mercado de carne suína, que já está dando sinais de reação.
Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, o preço do suíno já começou a reagir no Paraná. No mês de maio, o preço da carne suína evoluiu 10%, passando de R$ 1,35 o quilo para R$ 1,40 o quilo, um aumento de R$ 0,05 por quilo de suíno vivo.
Paralelamente à reunião do Conselho Monetário, o diretor do Deral, Francisco Simioni, participou de uma reunião em Brasília que deu continuidade à avaliação da pauta apresentada pelos suinocultores. Foi discutida a inclusão da carne suína na política de preço mínimo do Governo Federal e a criação de uma linha de crédito para a regularização ambiental no Plano Safra 2007/2008.
Também foi discutida a inclusão da carne suína nas compras do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para o programa Fome Zero e um pedido para realização de uma campanha de incentivo ao consumo de carne suína em todo o País.
Outra medida abordada foi a possibilidade da Conab definir um preço mínimo para o suíno, considerando que existem diferenças nos custos de produção do animal nas regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste.
Esses assuntos voltarão a ser discutidos em nova reunião que vai acontecer no dia 12 de junho, em Curitiba, que terá a participação de representantes dos ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário, do Desenvolvimento Social, Conab, Associação Brasileira de Criadores de Carne Suína e de associações de criadores dos três estados do Sul.
Medidas
O CMN aprovou a extensão da linha de crédito Empréstimo do Governo Federal (EGF) para a compra de milho pelos suinocultores integrados e à indústria, para os contratos realizados até dezembro de 2007. Antes apenas os produtores independentes das indústrias podiam captar recursos dessa linha. Outra decisão é que a garantia do EGF junto às instituições financeiras poderá ser feita em equivalência-carcaça.
Os juros dessa linha de crédito serão os mesmos do crédito rural, de 8,75% ao ano para grandes produtores e indústrias e juros menores,de 3%, para os criadores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
A segunda medida aprovada foi a criação de uma linha de crédito para retenção de matrizes, até o limite de R$ 100 mil por produtor. A medida é válida também para os contratos fechados até dezembro de 2007 e corresponde a um recurso adicional que não concorre com os créditos de custeio já captados pelo criador. Ele terá dois anos de prazo para pagamento também com juros de crédito rural, de 8,75% ao ano.
Uma terceira medida aprovada e que deverá ser autorizada via portaria interministerial será a criação de uma Linha Especial de Crédito (LEC) até o limite de R$ 80 mil por produtor e de R$ 10 milhões para as indústrias ou beneficiadoras de carne suína. Poderão acessar essa linha de crédito somente produtores e indústrias que comprovarem que já têm o estoque de carne suína, antes da emissão da portaria A garantia desse empréstimo também será a equivalência em carcaça suína.
Fonte: Agência Estadual de Notícias