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Brasil faz acordo com a Rússia
Ficou acertado que o Ministério da Agricultura passará a ser responsável por autorizar ou não os frigoríficos nacionais a exportar para a Rússia - e não mais o Serviço Federal de Supervisão Sanitária e Fitossanitária russo, como acontecia até agora. Uma vez por ano o governo daquele país virá auditar os trabalhos feitos pelo governo brasileiro. Mecanismo semelhante já é adotado com relação às exportações para Estados Unidos e União Européia. Haverá mais rigor também no controle da origem dos animais abatidos.
Atualmente, estão liberadas as exportações de carne bovina e suína de frigoríficos do Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Tocantins, Rondônia e Goiás. Pela nova regra, animais abatidos e exportados pelos Estados liberados terão de ser também provenientes de rebanhos desses Estados. A idéia é evitar que a carcaça de um animal abatido
Mesmo com os avanços obtidos nas negociações com o governo russo, existem restrições em relação aos portos de Santa Catarina e do Paraná. Assim, permanecem restritas as exportações de alguns frigoríficos dos Estados liberados que utilizam aqueles portos para fazer embarques.
'Essas medidas aumentam a responsabilidade do governo brasileiro e dos empresários, já que os padrões sanitários das exportações passam a ser muito maiores', disse o secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Inácio Kroetz. Segundo ele, com as mudanças, os riscos de o Brasil deixar de exportar carne bovina para a Rússia foram bastante reduzidos.
Até que as exigências sejam cumpridas, permanecerá o embargo aos 11 frigoríficos que foram proibidos de exportar carne para a Rússia. O governo brasileiro encaminhará ao governo russo até 1º de julho uma lista de todos as unidades que podem fazer os embarques. Esse é o prazo máximo que o Ministério da Agricultura tem para demonstrar aos russos o atendimento de todas as exigências.O secretário lembrou que algumas questões sanitárias não foram abordadas na missão, que retornou no domingo de Moscou. Os pontos sem definição serão incluídos em um memorando a ser publicado em 1º de novembro, quando se espera que todas as outras medidas estejam sendo cumpridas.
Fonte: O Estado de S. Paulo