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Controle de salmonelas é desafio para indústria avícola européia
À primeira vista isso não deve ocasionar maiores problemas à indústria avícola, pois desde a década passada o bloco europeu vem trabalhando na prevenção e controle das salmonelas. Mas, como lembra o site inglês “thepoultrysite”, a regra se aplica aos cerca de dois mil diferentes tipos de salmonelas, não apenas à S. enteritidis e à S. typhimurium, os dois tipos que mais desafiam a avicultura. Quer dizer: não vai ser fácil.
A propósito, o site ouviu Mark Williams, diretor executivo do BEIC, o Conselho Britânico da Indústria de Ovos, que expôs o desagrado do setor com a inclusão de todos os tipos de salmonelas na legislação:
”Não podemos aceitar que um produtor seja responsabilizado por deficiências que podem ocorrer pós-granja”, protesta Williams, afirmando que o setor vai exigir comprovação científica plena antes de aceitar a condenação de toda a produção de um plantel.
Nesse aspecto, alias, a nova legislação européia condena, até mesmo, a produção de lotes não relacionados a toxiinfecções alimentares humanas. Pois uma vez que se detecte - através dos novos testes que se tornarão obrigatórios a partir de fevereiro de 2008 - a presença de S. typhimurium ou de S. enteritidis no lote, toda sua produção deverá, necessária e automaticamente, passar por tratamento térmico. E isso começa a vigorar dentro de um ano e meio, a partir de janeiro de 2009.
Diante das reclamações do setor, o órgão de saúde animal do Reino Unido (Defra) se dispôs a aceitar contra-provas efetuadas pelos produtores. Mas elas envolvem uma amostragem de 300 aves ou de quatro mil ovos e estão avaliadas em cerca de duas mil libras – custo sob a responsabilidade do produtor. É um exagero, especialmente para os pequenos produtores. Por isso, a luta do BEIC continua.
Conheça a legislação específica da União Européia clicando aqui. (em inglês)
Fonte: AviSite