A categoria reivindica aumento salarial e uma reestruturação da carreira. O impacto na remuneração inicial e final chegaria a 45%. A oferta de aumento apresentada esta semana pela Secretaria de Recursos Humanos (SRH) — vinculada ao Planejamento — ficou longe disso e desagradou os trabalhadores. “O governo acenou com 12% divididos em três parcelas (4%), começando em 2009 e terminando em 2010”, disse Luiz Fernando Santos Carvalho, presidente da Anffa.

A paralisação estava suspensa desde o fim do mês passado justamente para que governo e servidores buscassem um consenso. Essa negociação acabou frustrada, apesar da tentativa de intermediação feita pelo Ministério da Agricultura. “Já comuniquei a todos do governo que vamos parar. Não sei que solução será dada, mas posso dizer que os servidores estão indignados”, completou Carvalho.

O protesto nacional dos fiscais agropecuários em junho chegou a prejudicar parte do fluxo de importação e exportação de mercadorias nos pólos mais movimentados. Em estados portuários como Pernambuco, São Paulo e Espírito Santo houve dificuldades para acomodar containers. Entidades empresárias reclamaram de prejuízos e informaram, à época, que quase todas as grandes companhias voltadas ao comércio internacional tiveram de ajustar estoques e reprogramar entregas.

Os servidores pressionam a Casa Civil e os ministérios da Agricultura e do Planejamento e exigem uma reunião conjunta de emergência na segunda-feira. A greve ainda terá de ser aprovada nas assembléias estaduais.

Fonte: Correio Braziliense