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Curitiba debate direito dos animais
Publicado em: 29/06/2006 09:28 | Categoria: Geral
“A ciência do bem-estar animal como subsídio para a proteção animal” foi o tema abordado pela médica veterinária Carla Molento, coordenadora do Laboratório de Bem Estar Animal (Labea), da Universidade Federal do Paraná. “Essa é uma idéia central que está nascendo no País e que trará benefícios aos animais e à sociedade. Por isso, é fundamental o estudo da interação homem/animal, eliminando conceitos equivocados por falta de informações”, disse Molento, fazendo breve introdução da teoria mecanicista do século XVII, de Rene Descartes, para a qual os animais não tinham emoções ou sentimentos e eram considerados similares às máquinas. “Hoje, temos provas científicas dos sentimentos dos bichos”, disse, fazendo a retrospectiva dos avanços concretizados através da mudança de visão e a criação do novo ramo da ciência, com comportamento ético muito forte, objetivando gerar e difundir conceitos que tragam uma melhoria na qualidade de vida dos animais.
Segundo Molento, Curitiba tem 400 mil cães, que geram de 600 a 700 mil filhotes por ano e os programas de esterilização, redução do fluxo de cães de rua, manutenção da saúde dos animais, além da guarda responsável, são o caminho para o controle da população animal. “Precisamos privilegiar a compaixão. Isso conduz à guarda responsável. Cuidando dos cães de rua, mantendo-os sadios e alimentados, teremos uma barreira saudável, pois o bem-estar humano e animal andam juntos. Temos que acabar com teorias simplistas de que cão de rua se mata e pronto. Precisamos encaminhar para tratamento de saúde e esterilização e depois devolvê-lo para o mesmo local onde foi capturado”, concluiu.
Já o promotor de Justiça Sérgio Luiz Cordoni, da Promotoria de Proteção ao Meio Ambiente do MP, falou sobre a legislação vigente, que trata da proteção e defesa dos animais, especialmente do artigo 225 da Constituição Federal. “Nós, como cidadãos, temos responsabilidade com o meio ambiente como um todo, por isso é inaceitável o mau-trato dos animais”, disse.
Adaptação
Antonio Carlos do Nascimento, professor da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná, mostrou seu trabalho no projeto de extensão universitária. Há seis anos o professor trata da população eqüina de carroceiros e catadores de lixo reciclável. “Orientamos a comunidade sobre a importância do bem-estar do animal. Tivemos muitos casos de lesões provocados por arreamento errado, cavalos baleados, esfaqueados e até queimados”, disse, lembrando da alimentação correta, principalmente. Até o último dia 22, haviam 1.331 animais cadastrados.
Lucyenne Gisele Popp Brasil Queiróz, médica veterinária do Departamento de Zoológico de Curitiba, falou dos animais de circos doados ao zôo. Apontou as dificuldades de adaptação ao novo espaço, com a alimentação, os tratadores, mas afirmou que é possível garantir todas as condições de dignidade de vida para estes animais. “A educação é a base de toda mudança”, finaliza.
Fonte: CMC / Assessoria de Comunicação
“A ciência do bem-estar animal como subsídio para a proteção animal” foi o tema abordado pela médica veterinária Carla Molento, coordenadora do Laboratório de Bem Estar Animal (Labea), da Universidade Federal do Paraná. “Essa é uma idéia central que está nascendo no País e que trará benefícios aos animais e à sociedade. Por isso, é fundamental o estudo da interação homem/animal, eliminando conceitos equivocados por falta de informações”, disse Molento, fazendo breve introdução da teoria mecanicista do século XVII, de Rene Descartes, para a qual os animais não tinham emoções ou sentimentos e eram considerados similares às máquinas. “Hoje, temos provas científicas dos sentimentos dos bichos”, disse, fazendo a retrospectiva dos avanços concretizados através da mudança de visão e a criação do novo ramo da ciência, com comportamento ético muito forte, objetivando gerar e difundir conceitos que tragam uma melhoria na qualidade de vida dos animais.
Segundo Molento, Curitiba tem 400 mil cães, que geram de 600 a 700 mil filhotes por ano e os programas de esterilização, redução do fluxo de cães de rua, manutenção da saúde dos animais, além da guarda responsável, são o caminho para o controle da população animal. “Precisamos privilegiar a compaixão. Isso conduz à guarda responsável. Cuidando dos cães de rua, mantendo-os sadios e alimentados, teremos uma barreira saudável, pois o bem-estar humano e animal andam juntos. Temos que acabar com teorias simplistas de que cão de rua se mata e pronto. Precisamos encaminhar para tratamento de saúde e esterilização e depois devolvê-lo para o mesmo local onde foi capturado”, concluiu.
Já o promotor de Justiça Sérgio Luiz Cordoni, da Promotoria de Proteção ao Meio Ambiente do MP, falou sobre a legislação vigente, que trata da proteção e defesa dos animais, especialmente do artigo 225 da Constituição Federal. “Nós, como cidadãos, temos responsabilidade com o meio ambiente como um todo, por isso é inaceitável o mau-trato dos animais”, disse.
Adaptação
Antonio Carlos do Nascimento, professor da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná, mostrou seu trabalho no projeto de extensão universitária. Há seis anos o professor trata da população eqüina de carroceiros e catadores de lixo reciclável. “Orientamos a comunidade sobre a importância do bem-estar do animal. Tivemos muitos casos de lesões provocados por arreamento errado, cavalos baleados, esfaqueados e até queimados”, disse, lembrando da alimentação correta, principalmente. Até o último dia 22, haviam 1.331 animais cadastrados.
Lucyenne Gisele Popp Brasil Queiróz, médica veterinária do Departamento de Zoológico de Curitiba, falou dos animais de circos doados ao zôo. Apontou as dificuldades de adaptação ao novo espaço, com a alimentação, os tratadores, mas afirmou que é possível garantir todas as condições de dignidade de vida para estes animais. “A educação é a base de toda mudança”, finaliza.
Fonte: CMC / Assessoria de Comunicação
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