Publicado em: 08/08/2007 11:25 | Categoria: Geral
Altamente contagiosa para os animais, a febre aftosa é provocada por um vírus que, a princípio, não é transmissível ao homem, embora alguns casos tenham sido registrados no passado.
O vírus pode ser transmitido através do ar, da presença de animais contaminados introduzidos em uma manada sadia, por deslocamento do ser humano, ou mesmo pelo consumo de carne de animais contaminados. O abate dos animais contaminados deve ser sistemático.
A febre aftosa atinge ocasionalmente os humanos através da pele, através de feridas ou, mais excepcionalmente, por via digestiva, principalmente por ingestão de leite contaminado.
A doença é provocada por um vírus da família dos picornavirus e tem um período de incubação de três a cinco dias. Os sintomas no ser humano costumam a ser inflamações nas mucosas e na cavidade oral, acompanhados de febres elevadas e lesões na pele.
A enfermidade dura entre três e cinco dias. As formas graves atingem a garganta e os pulmões, provocando complicações respiratórias.
Não existe nenhum tratamento, exceto a desinfecção das lesões e a tomada de analgésicos para combater a dor.
A doença foi identificada em 1910 pelo pesquisador Friedrich Loeffler que, alguns anos antes, em 1898, havia descoberto o vírus.
Os seus trabalhos, efetuados na época em Greifswald, na Alemanha, foram a origem de uma grande epidemia nos arredores, que suscitou a cólera dos camponeses. Indesejável, Loeffler refugiou-se na ilha de Riems no mar Báltico, e o acesso à ilha foi proibido.
O último surto de febre aftosa no Reino Unido data de 2001, e sua amplitude traumatizou o país: 2.030 casos foram identificados entre fevereiro e setembro e entre 6,5 e 10 milhões de animais foram abatidos.
Esta crise custou 8 bilhões de libras (cerca de 31 bilhões de reais) dos quais 250 milhões da indústria turística, e o governo foi criticado, na época, por sua lentidão em reagir à doença.
Fonte AFP