O grande temor, naturalmente, continua sendo o de que o vírus sofra ou tenha sofrido uma mutação que o torne apto a disseminar-se entre humanos (vírus pandêmico), possibilidade levantada na semana passada, com a divulgação de trabalho de pesquisadores norte-americanos (vide “Estudo sugere disseminação pessoa a pessoa na Indonésia”). Mas enquanto o governo da Indonésia refuta as conclusões da equipe de Seattle, a OMS não toma posição sobre estudo.

Até agora, a Indonésia já registrou 85 das 199 mortes ocorridas no mundo pelo H5N1, mais de 40% do total. Porém, segundo autoridades indonésias, se no caso registrado em uma família de Sumatra no ano passado tivesse ocorrido disseminação entre pessoas, as perdas humanas seriam milhares, não apenas oito (mais de 40 milhões de pessoas vivem nos 470 mil km2 de Sumatra, a maior ilha da Indonésia e a sexta maior do mundo).

De sua parte, a OMS só pode dar crédito a casos laboratorialmente confirmados. E o trabalho dos pesquisadores de Seattle é essencialmente matemático-estatístico, portanto, carente de resultados práticos. Por isso, o processo de alerta pandêmico da OMS permanece na fase “3”, aquela em que a disseminação do vírus entre pessoas é muito limitada ou, simplesmente, inexiste.

Fonte: AviSite