Publicado em: 30/10/2007 09:09 | Categoria: Geral
Na semana passada, A FAO alertou que o vírus H5N1 da influenza aviária pode tornar-se endêmico em galinhas e patos e gansos domésticos em algumas regiões da Europa, como já aconteceu em partes da Ásia e África (vide “Presença do H5N1 pode tornar-se endêmica também na Europa”). Até 25 de outubro de 2007 já havia sido confirmada a morte de 204 pessoas em 11 dos 12 países nos quais se identificaram pessoas infectadas pelo vírus. Até agora, América Latina e Caribe estão livres do vírus H5N1 de influenza aviária de alta patogenia, mas existe o risco constante de sua introdução, com graves conseqüências econômicas e sociais, por isso, são necessários uma vigilância constante e um planejamento a nível nacional e regional.
Além do perigo para a saúde humana, comprovado pelas mortes já confirmadas e com a possibilidade que o vírus possa sofrer uma mutação que permita a sua transmissão também entre pessoas, a gripe aviária traz riscos à segurança alimentar e economia. A carne de ave e os ovos são os produtos pecuários mais consumidos na América Latina e Caribe e são fundamentais para a segurança alimentar de milhões de pessoas na região. Do ponto de vista econômico, a avicultura regional sofreria um grande impacto com a introdução de qualquer vírus da influenza aviária. Estudos da FAO indicam que, somente no sudeste asiático, as perdas para a avicultura comercial já alcançam os US$10 bilhões, enquanto que o sacrifício sistemático de aves na África causou prejuízos de outros US$60 milhões à indústria local.
Uma das frentes de batalha contra uma doença transfronteiriça como a influenza aviária é a comunicação. Educar as pessoas sobre a gripe aviária, informar sobre seus riscos e como reduzi-los é importante para prevenir sua introdução e, caso isso aconteça, detectá-la rapidamente. Com esse objetivo, a FAO lançara durante a reunião em Santiago a “Estratégia Regional de Comunicação e Informação para a Prevenção da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade na América Latina e Caribe”. A estratégia busca fazer com que as informações e o conhecimento técnico-científico sobre a doença sejam disseminados em todos os setores envolvidos com a avicultura, do produtor ao consumidor, e aborda as fases de alerta, crise e gestão pós-crise.
Fonte: FAO-RLC / Avisite