O diagnóstico gestacional (identificação ou constatação de prenhez) de vacas, éguas, cabras, ovelhas ou fêmeas de quaisquer outra espécie de produção agropecuária é ato médico privativo de médicos-veterinários.
 
O diagnóstico gestacional compõe a avaliação da organogênese, do desenvolvimento, da viabilidade embrionária e fetal e identificação de possíveis más-formações.
 
A palpação retal é importante para a melhoria da eficiência reprodutiva, identificando precocemente as fêmeas que não ficaram prenhes durante a estação de monta e patologias. Quando não é feita por médicos-veterinários pode acarretar perda gestacional iatrogênica e disseminação de doenças entre os animais.
 
O uso do ultrassonografia, além de determinar a condição gestacional em estágio precoce, também serve para identificar a viabilidade fetal, a sexagem, a avaliação ovariana (folículo e corpo lúteo) e a presença de gêmeos com maior acurácia e patologias.
 
A obstetrícia é o ramo da medicina veterinária que trata da gestação, do parto e do período pós-parto, devendo o profissional conhecer as afecções referentes à gestação e ao desenvolvimento fetal, incluindo o diagnóstico de aborto, de morte fetal para recomendações sanitárias, clínicas e de manejo nas fazendas. 
Mesmo na expectativa de apenas identificar condições normais, é necessário o conhecimento do binômio saúde-doença para execução das técnicas com qualidade e segurança e poder diferenciar variações fisiológicas de doenças. Assim, o diagnóstico em animais, quer seja do seu estado fisiológico ou de sua alteração patológica, é considerado um ato médico-veterinário, uma prática clínica propriamente dita.*
 
O diagnóstico de gestação, o monitoramento do ovário, o monitoramento do feto e a sexagem, independentes de alterações patológicas, são atos médico-veterinários, da mesma forma que são atos privativos de médicos na medicina humana.